O Sindicato dos Técnicos de Segurança do Trabalho (SINTEST-MG) recebeu no dia 11 de julho de 2016, mais uma denúncia de empresas que demitem TST´s e não pagam. Desta vez, a Rossi Service, que atua no ramo de construção, reforma e manutenção, em Belo Horizonte, não cumpriu com o pagamento das verbas rescisórias da funcionária que estava prestes a completar três anos de serviços prestados.

A demissão ocorreu no dia 27 de junho de 2016 e conforme o prazo estabelecido pela justiça do trabalho, a empresa teria 10 dias para efetuar o pagamento da rescisão, porém não houve a homologação. Por telefone, um funcionário da Rossi Service informou que o pagamento será feito somente mediante ação judicial.

Indignada, a ex-funcionária esperava que a empresa a tratasse com respeito e com diálogo, conforme imagem repassada na mídia. Casada, mãe de uma criança de quatro anos, o seu salário era a única fonte de renda da família, devido ao desemprego do marido. Não bastasse o fato de perder o empregado, agora precisa recorrer à justiça do Trabalho para requerer os seus direitos trabalhistas.

O departamento jurídico do SINTEST-MG já está ciente dos fatos e prepara uma ação trabalhista. De acordo com o advogado Guilherme Santos, serão feitos os cálculos rescisórios e em seguida, o processo será encaminhado à justiça do trabalho o quanto antes. “O trabalhador não pode deixar que as empresas procedam desta forma. Muitas preferem a intermediação na justiça com intuito de propor um acordo, para reduzir os valores e até o parcelamento das verbas rescisórias, para sair lucrando e ex-funcionário no prejuízo”.

Nesta ação, a Rossi Service será ajuizada a regularizar os débitos do fundo do FGTS, que há cerca de três meses não estavam sendo recolhidos. O SINTEST-MG também encaminhará uma notificação ao Ministério do Trabalho para que a empresa compareça ao sindicato e esclareça os motivos e as outras denúncias de outras irregularidades trabalhistas.