O debate será ampliado para os Técnicos de Segurança do Trabalho de todo o Estado
O presidente do SINTEST-MG, Claudio Ferreira dos Santos e o diretor Ernani Luiz Namizaki, participaram no dia 30 de maio de 2016, em Belo Horizonte, do Seminário Técnico “Trabalhos em Altura”, promovido pelo Instituto Trabalho e Vida. O evento contou com as participações de sindicalistas, juristas e profissionais renomados das áreas de segurança, saúde e engenharia do trabalho.
No evento, o assunto foi discutido por meio de palestras que abordaram os motivos e os impactos dos acidentes em altura na construção civil. As exigências das normas regulamentadoras, a capacitação dos profissionais em casos de acidentes e os direitos trabalhistas trataram os desafios do exercício da função em trabalho em altura.
O presidente do SINTEST-MG, Claudio Ferreira, que compôs a mesa diretora, reforçou a importância da realização do seminário no Estado, pois remete a uma questão alarmante. Ele destacou que o assunto trata-se de um problema tanto cultural,quanto social. As informações sobre o uso correto dos equipamentos de segurança apenas não bastam, à negligência muitas vezes não partem dos governos, dos patronais e dos empregados e sim, por falta de denúncias. A sociedade está acostumada a presenciar situações em que profissionais colocam a sua vida em risco e não se importam. Então, cabe as pessoas ajudarem com as denúncias. “Essa mudança de atitude irá chamar à atenção para esses problemas e contribuir para minimizar os altos índices de acidentes com os trabalhadores”, afirma.
O diretor do SINTEST-MG, do norte de Minas Ernani Luiz, participou da demonstração da utilização do cinto de segurança paraquedista, um dos produtos mais inovadores no mercado de segurança. Ernane que recentemente realizou um curso no centro de treinamento em Curitiba, explicou aos participantes a garantia de segurança que o equipamento oferece. “O diferencial dessa tecnologia está na composição de uma fita, que protege contra uma possível queda como também, permite o cuidado com o trabalhador no momento do resgate”.
A desembargadora do TRT-MG, Rosemary de Oliveira Pires, completou que na maioria dos casos de acidentes em altura, também são ocasionados por um transtorno mental. Ela explicou que os trabalhadores podem não estar em condições para desenvolver suas atividades, assim como o gerente que não está apto para comandar uma equipe, com isso tornar-se uma situação insegura para o exercício da função.
Unir forças para a redução do número de acidentes
Para minimizar os altos índices de acidentes em Trabalho em Altura, nas empresas, a melhor solução está na junção entre as entidades para ampliar as discussões em todo Estado. Esta é conclusão do engenheiro de Segurança do Trabalho e coordenador Técnico do Instituto Trabalho e Vida, Juarez Correia Barros Júnior, que explicou que a “parceria” é a palavra-chave para divulgação das informações e alcançar resultados satisfatórios na redução de acidentes de trabalho. Segundo ele, em razão da atual crise econômica e da escassez de repasses no país, é preciso unir forças e uma colaboração entre as entidades para promover debates como o seminário Trabalho em Altura.
“A idéia é essa, envolver vários representantes técnicos, sindicatos, Ministério do Trabalho e suas gerências, Procuradorias locais, fornecedores e juntos trazer informações e conteúdo técnico importantes. Com isso, por meios das divulgações será possível que as informações percorram todas as regiões do Estado para reduzir o número de mortes e acidentes do trabalho”, afirmou.