Um trabalhador da Petrobrás e dois terceirizados ficaram feridos em um acidente na tarde desta segunda-feira (6) na REGAP, em Betim (MG). Um deles foi encaminhado em estado grave para o Hospital Mater Dei, em Belo Horizonte.

Um operador e dois técnicos de Instrumentação acompanhavam o teste de uma válvula do sistema de ácido sulfúrico 98% quando houve o rompimento da conexão de um Indicador Local de Pressão (PI), emitindo um jato de ácido que os atingiu.

O operador sofreu queimaduras na cabeça, no rosto e em partes do corpo atingido pelo ácido sulfúrico. Ele está internado no Centro de Tratamento Intensivo (CTI) do Hospital Mater. Ainda não temos informações sobre seu estado de saúde.

Já os outros dois trabalhadores sofreram queimaduras leves. Um deles foi atendido e liberado ainda na refinaria. Outro foi encaminhado para o Mater Dei e, após atendimento, foi liberado com atestado médico até quarta-feira (8).

 

Outro acidente

Também na manhã desta segunda-feira, uma Kombi da empreiteira Manserv pegou fogo dentro da REGAP. O incêndio ocorreu no motor do veículo e foi rapidamente controlado pela SMS/SI com uso de extintores e resfriamento com canhão de água. Ninguém ficou ferido.

O Técnico de Segurança do Trabalho da SMS/SI da REGAP, Cláudio Ferreira Santos que também e o presidente da Associação Brasileira e do Sindicato dos Técnicos de Segurança do Trabalho de MG - SINTEST/MG, foi um dos primeiros a chegar no local e atuou nos dois eventos.

 

DESMONTE DA SEGURANCA DO TRABALHO NA REGAP

 

A política de cortes de investimentos e privatização de ativos, associado com a falta de treinamentos externos para os profissionais de SMS que atuam em emergências nas refinarias, além da falta de valorização do profissional de SST, potencializaram os riscos de acidentes, principalmente em função da redução de efetivos, da falta de manutenção das unidades e da consequente precarização das condições de trabalho.

 

No ano passado, foram registrados seis acidentes nas unidades da Petrobrás em Minas. Os demais acidentes ocorreram na REGAP e envolveram vazamentos de amônia, petróleo em alta temperatura e diesel, em alguns casos até provocando incêndios, mas sem vítimas.

 

Já no âmbito nacional da PETROBRAS, o cenário de insegurança é o mesmo nas plataformas, terminais e campos de produção terrestre, onde vários ativos estão sendo privatizados. O resultado desse desmonte é o aumento das ocorrências de emergência, acidentes frequentes e 14 trabalhadores mortos nestes dois anos da gestão do Governo Temer.

 

Fonte: SINTEST/MG com informações do Sindipetro MG.