Por: Renato Ilha - UGT

BELO HORIZONTE/MG – Simultaneamente à atuação das centrais no Congresso Nacional, em Brasília, para convencer os parlamentares a rejeitar as Medidas Provisórias 664 e 665, que alteram as regras do seguro-desemprego, abono salarial, seguro-defeso, pensão por morte, auxílio-doença e auxílio-reclusão, sindicalistas mineiros apontaram ações conjuntas, em reunião ocorrida em 10/02, na sede da Nova Central, Centro da Capital.

Representando a Força Sindical e o presidente Vandeir Messias, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias do Calçado de Belo Horizonte e Região, Rogério Aquino, lamentou a negativa dos ministros Miguel Rossetto (Secretaria Geral da Presidência), Carlos Gabas (Previdência Social), Nelson Barbosa (Planejamento) e Manoel Dias (Trabalho e Emprego) em revogar ou mesmo alterar as medidas, no encontro realizado com as centrais sindicais, em 03/02, na sede da Presidência da República, em São Paulo.

AÇÕES PONTUAIS - Enquanto os líderes das Centrais se reúnem às 15h30min, com o presidente do Senado, Renan Calheiros, e às 16h, com o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, o Fórum Unitário das Centrais, em Minas, definiu ações pontuais a fim de manter as entidades sindicais alertas para os próximos passos do movimento. Entre eles, reunião nacional, em 12/02, que afirmará a promoção da 9ª Marcha da Classe Trabalhadora, marcada para 26/02, em São Paulo, ou a realização de atividade intensiva no Congresso Nacional visando reverter o quadro, uma vez que parlamentares das duas casas integram comissão tripartite, formada para discutir e fechar o assunto.

A ideia é mostrar aos deputados federais e senadores o quanto serão maléficas as consequências das medidas nos campos trabalhista e previdenciário. Para Aquino, “os trabalhadores devem cobrar dos parlamentares eleitosa mudança no texto das medidas provisórias, já que o prazo para votação dessas MPs termina em maio.

O movimento sindical está propondo alternativas de arrecadação tributária, como a taxação de fortunas, diminuição da taxa Selic e criação de empregos de qualidade, de maneira a garantir a manutenção dos direitos trabalhistas.

PAUTA TRABALHISTA - O Fórum Unitário das Centrais agendou, para 24/02, às 9h, na sede da Nova Central, encontro dos presidentes das centrais sindicais de Minas, já com novo quadro conjuntural, que será levado ao debate com a Secretaria de Estado do Trabalho e Desenvolvimento Social (Sedese) e Assembleia Legislativa (ALMG), incluindo pauta regional, na qual se destaca a implantação de piso salarial estadual.

Recepcionados por Antônio da Costa Miranda, presidente da Federação dos Rodoviários de Minas e da Nova Central em Minas, participaram do encontro Gelson Alves (CTB); Edilson de Souza (UGT); Oraldo Paiva, da CSP-Conlutas; Lourival Xavier, do Sintest-MG e da CGTB;Carlos Moreira de Abreu, do Sindicato Nacional dos Aposentados e Pensionistas de Minas Gerais (Sindnapi-MG), além de David Eliude e Sávio Bones, da Nova Central.